Estereótipo, o mal em rotular as pessoas!

Estereótipo é uma maldição. Ninguém gosta de ser rotulado, correto? Uma ex amiga minha brincava que eu e a Raissa éramos aquele casal dos filmes americanos, onde ela é a líder de torcida loira, linda e popular e eu era o jogador de futebol, popular, desejado e invejado. Ela falar isso tudo bem, era uma amiga falando, eu sabia que era brincadeira. Nesse caso se leva na brincadeira, mas infelizmente não são poucos os exemplos de rótulos que se tornaram quase verdades absolutas. 

É do ser humano ter essa mania de rotular as coisas por um simples achismo, absolutamente nada empírico, bate-se o olho e pronto, você será pra sempre (ou por muito tempo) rotulado daquela primeira impressão. Além de rotular, existe a questão do espalhar. Não lembro onde vi isso, mas era algo do gênero: uma mentira contada mil vezes pode se tornar uma verdade. Basicamente o caso dos rótulos. “Mas e o fulano, o que você acha dele? Pra mim ele é um playboyzinho arrogante.” Esse achismo vai se espalhando, se espalhando, até você ser visto como um mero playboy arrogante, sem ter prova alguma contra si, uma mera suposição de personalidade. 

Perder o rótulo é um outro processo complexo. São poucas as pessoas que dão a oportunidade de te conhecer melhor. Não é da noite para o dia que você consegue demonstrar que não se resume a um mero rótulo, é toda uma junção de atitude, papo, estilo de vida, enfim, uma roda viva de grande complexidade. Para a pessoa mudar de opinião sobre você, ela terá que admitir que estava errada, o que é algo muito difícil nos dias de hoje, tornando a simplificação de estereótipos maior ainda. A pessoa achou aquilo de você, fechou a porta pra você e ponto final, você será julgado por aquilo e pronto. 

Os estereótipos podem ser imaginados de diversas formas, seja pelo seu modo de vestir, falar, pensar, agir. Se você veste roupa de marca você é patricinha. Se você fala palavrão você é maloquero. Se você tem opinião sobre tudo você é radical e discípulo de Che Guevara. Se você não age da forma que a sociedade espera, você é um revoltado. Rótulos e estereótipos sempre existirão, o seu trabalho é buscar se encaixar na menor quantidade possível e para o menor número possível de pessoas. Responda em alto e bom tom. Não me simplifique, sou muito mais complexo do que um mero rótulo!