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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Guerra da conquista

Às vezes, me incomodo um pouco com a expressão “pegar”. Não porque acho vulgar ou por alguma frescura, mas pela noção implícita de que “pegar” é um objetivo do cara, do qual a menina deve “se defender” e eventualmente “se render” ou não. Passa-me a noção de ser um jogo, o qual a menina “perde” quando fica com o cara. E que ela ficou porque cedeu, não porque ela possui uma vontade própria e se interessou pelo cara. 

Já ouvi relatos masculinos sobre como João ia conseguir fácil ficar com Maria. Isso pela competência de João ou a fraqueza de Maria, nunca porque simplesmente Maria gostava de João. Meu namorado brinca comigo, diz que fui fácil. E fui fácil mesmo, de certa forma. Não me esfreguei nele, nem nada do tipo, não me entenda mal. Mas uma vez que queria ficar com ele, não me dei o trabalho de fingir que não queria. Por que deveria fazer isso, afinal? Tenho certeza que há quem ache que era pra eu ter me feito de difícil, ou que acha que fiquei com ele por meio daquele velho ritual onde ele dá em cima de mim, eu finjo que nem noto, me faço de difícil e finalmente ele consegue e eu “me rendo”. Mas não, eu só quis ficar com ele.

É necessário explicar que nós, meninas, mulheres, também temos vontades. Também demonstramos nossos interesses – explicita ou implicitamente. Que o objeto do nosso interesse nos conquista muito mais por personalidade, conversa, coisas simples, do que as velhas e conhecidas táticas. E que, principalmente, não é uma questão de “se render”. Nós temos tanto, ou mais, domínio quanto vocês ;).


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